quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Piso de caquinhos, alguém se lembra?


Oi lindinhos!
Como adorei a história de Manoel Botelho estou passando adiante:




Pode algo quebrado valer mais que a peça inteira? Aparentemente não. Mas no Brasil já aconteceu isto, talvez pela primeira vez na história da humanidade. Vamos contar esse mistério.
Foi na década de 40 / 50 do século passado. Voltemos a esse tempo. A cidade de São Paulo era servida por duas indústrias cerâmicas principais. Um dos produtos dessas cerâmicas era um tipo de lajota cerâmica quadrada (algo como 20x20cm) composta por quatro quadrados iguais. Essas lajotas eram produzidas nas cores vermelha (a mais comum e mais barata), amarela e preta. Era usada para piso de residências de classe média ou comércio

No processo industrial da época, sem maiores preocupações com qualidade, aconteciam muitas quebras e esse material quebrado sem interesse econômico era juntado e enterrado em grandes buracos.
Nessa época os chamados lotes operários na Grande São Paulo eram de 10x30m ou no mínimo 8 x 25m, ou seja, eram lotes com área para jardim e quintal, jardins e quintais revestidos até então com cimentado, com sua monótona cor cinza. Mas os operários não tinham dinheiro para comprar lajotas cerâmicas que eles mesmo produziam e com isso cimentar era a regra.
Certo dia, um dos empregados de uma das cerâmicas e que estava terminando sua casa não tinha dinheiro para comprar o cimento para cimentar todo o seu terreno e lembrou do refugo da fábrica, caminhões e caminhões por dia que levavam esse refugo para ser enterrado num terreno abandonado perto da fábrica. O empregado pediu que ele pudesse recolher parte do refugo e usar na pavimentação do terreno de sua nova casa. Claro que a cerâmica topou na hora e ainda deu o transporte de graça pois com o uso do refugo deixava de gastar dinheiro com a disposição.

Agora a história começa a mudar por uma coisa linda que se chama arte. A maior parte do refugo recebida pelo empregado era de cacos cerâmicos vermelhos mas havia cacos amarelos e pretos também. O operário ao assentar os cacos cerâmicos fez inserir aqui e ali cacos pretos e amarelos quebrando a monotonia do vermelho contínuo. É, a entrada da casa do simples operário ficou bonitinha e gerou comentários dos vizinhos também trabalhadores da fábrica. Ai o assunto pegou fogo e todos começaram a pedir caquinhos o que a cerâmica adorou pois parte, pequena é verdade, do seu refugo começou a ter uso e sua disposição ser menos onerosa.

Mas o belo é contagiante e a solução começou a virar moda em geral e até jornais noticiavam a nova mania paulistana. A classe média adotou a solução do caquinho cerâmico vermelho com inclusões pretas e amarelas. Como a procura começou a crescer a diretoria comercial de uma das cerâmicas descobriu ali uma fonte de renda e passou a vender, a preços módicos é claro pois refugo é refugo, os cacos cerâmicos. O preço do metro quadrado do caquinho cerâmico era da ordem de 30% do caco integro (caco de boa família).

Até aqui esta historieta é racional e lógica pois refugo é refugo e material principal é material principal. Mas não contaram isso para os paulistanos e a onda do caquinho cerâmico cresceu e cresceu e cresceu e , acreditem quem quiser, começou a faltar caquinho cerâmico que começou a ser tão valioso como a peça integra e impoluta. Ah o mercado com suas leis ilógicas mas implacáveis.

Aconteceu o inacreditável. Na falta de caco as peças inteiras começaram a ser quebradas pela própria cerâmica. E é claro que os caquinhos subiram de preço ou seja o metro quadrado do refugo era mais caro que o metro quadrado da peça inteira… A desculpa para o irracional (!) era o custo industrial da operação de quebra, embora ninguém tenha descontado desse custo a perda industrial que gerara o problema ou melhor que gerara a febre do caquinho cerâmico.

De um produto economicamente negativo passou a um produto sem valor comercial a um produto com algum valor comercial até ao refugo valer mais que o produto original de boa família…

A história termina nos anos sessenta com o surgimento dos prédios em condomínio e a classe média que usava esse caquinho foi para esses prédios e a classe mais simples ou passou a ter lotes menores (4 x15m) ou foram morar em favelas.

*Manoel Botelho é Engenheiro Civil e autor da coleção CONCRETO ARMADO EU TE AMO


São histórias da vida que precisam ser contadas para no mínimo se dizer: 
– A arte cria o belo e o marketing tenta explicar o mistério da peça quebrada valer mais que a peça inteira…

Beijocas e boa semana!


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O que não mostrei ainda... O escritório

Carnaval chegando ao fim e eu aqui, firme nas postagens... rs

Tô chegando com mais uma da série "O que não mostrei ainda" e pra começar vamos com um antes e depois do cômodo da vez - o escritório:


Impressionante a diferença que algumas imagens enquadradas são capazes de fazer!


Pra quem não sabe, maridão é fã do seriado LOST e seu escritório tem toda a decoração fundamentada nessa paixão, então além dos quadrinhos temos os bonecos dos personagens nas estantes, como vocês verão a seguir:








Sei que muita gente não gosta ou não compreende o conceito do escritório integrado ao quarto, mas aqui é algo muito útil e que promove a união da família, rs.  Isso porque o marido fica muito lá, enquanto eu geralmente estou na cama lendo ou vendo tv e essa integração faz com que fiquemos próximos e conversando enquanto estamos em nossas tarefas.

Antes de terminar o post vou aguçar a curiosidade de vocês com alguns itens tecnológicos que ficam embutidos na bancada do escritório, fundamentais para a organização da mesma, mas depois conversamos sobre eles, ok?!




 Hub para USB e cartão de memória

Hub para USB


E aí, o que acharam?
Beijocas gente LYENDA!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O que ainda não mostrei... O banheiro da suíte

Boaaa noite! 

Carnaval rolando lá fora, muita folia, bebedeira e eu como não curto, tô aqui preparando o post pra essa gente linda...

Primeiramente quero agradecer o carinho de vocês, não esperava tamanho retorno no último post, obrigada!

Agora vou mostrar como ficou o banheiro do casal:


 Sim, temos 2 chuveiros! Aliás decisão sábia essa, pois a família faz uma grande farra tomando banho junto, se divertindo sem passar frio.


Espelhão que fez toda a diferença, ampliou demais!


Detalhe charmoso sobre a bancada


Sempre me perguntam se este porcelanato que imita madeira é ruim de limpar e a resposta é não! Ele é ótimo, não fica esbranquiçado de sabão ou emplastado de gordura, sabem? Em compensação o branco... dá pre visualizar qualquer micro cisco caído naquele chão, rs. Agora já estou me habituando a ignorar os cabelos e pelos que vejo, porque senão teria que varrer mais de uma vez ao dia mas, mesmo assim sou apaixonada por meu banheiro!

Por hoje é só, mas volto com novidades ainda neste Carnaval, ok.
Beijocas

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Blog na mídia, outra vez

Oi gentem! Como estão?

É isso mesmo, o blog saiu na mídia outra vez essa semana, dessa vez foi no Agora São Paulo, mais especificamente no caderno "Revista da Hora", numa reportagem sobre cabeceiras:






Pra quem ainda não viu, tem o vídeo do passo-a-passo da confecção de nossa cabeceira, essa que aparece na foto.

E por falar em vídeo...  Idéias estão brotando e em breve teremos mais D.I.Y. - pra quem não conhece o termo, é uma abreviação de Do It Yourself (do inglês faça você mesmo),  é usada no caso de projetos que contra tudo e todos e sem quaisquer apoios financeiros ou outros, subsistem e chegam a ter sucesso.

Amanhã volto com mais da série "O que ainda não mostrei" ok?!

Mil beijocas e até lá!!!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O que ainda não mostrei... Quarto do Théo

Muito bom dia!

Já que eu estava falando sobre o charme do pequeno banheiro do meu pequeno...  Hoje vou mostrar seu quartinho:

 Sobre a cortina, bandeirolas reutilizadas da festa de aniversário do Théo


 Essa parede atrás da cama ainda ganhará papel de parede ou adesivos


Lustre interativo (xodó), dessa vez está preenchido com bolinhas coloridas, mas o dono do quarto é quem decide o que quer colocar dentro dele


Agora bora curtir o domingão em família!
Beijocas